Prelúdio | Brô MC’s – a cultura do povo guarani através do RAP
7 de março de 2012Sei que não é fácil levar a vida desse jeito fazer o que?
Me rendo ou luto contra o preconceito, sou índio sim
pobre mas não burro como pensam esses sujeito,
daquele jeito, continuo a minha sina sabendo muito
bem que gerou minha ruína, 510 anos de abandono
confinados em reservas que mal cabem nossos sonhos,
pra nós o kit índio é o papel e a caneta, rimando na
batida vou levando minha letra e não aquele kit que
você pensa babaca, rindo com os amigos uma corda e
uma “baca”, vai achando graça mais o papo aqui é
serio você e sua cachaça mandou muitos pro cemitério,
terra sagrada pra nós é tekoha, fazendeiro ocupa não
tenho medo de falar, de lá pra cá, guerras conflitos
chegou a hora de luta pelo direitos dos índios. Ainda
assim sou perseguido discam 190, discam, discam.
Trecho da Letra “A vida que eu levo”
“A nossa cultura é o nosso rosto, a nossa pintura, a nossa pele, nossa cor, nossas músicas, nossa língua. Não deixamos a nossa cultura quando cantamos rap”. Assim se defendeu Clemerson Veron, estudante do 1 ano do ensino médio, que há 18 anos mora na Reserva Indígena de Dourados, Mato Grosso do Sul, e agora se tornou conhecido entre os jovens da comunidade porque, junto com outros três rapazes, canta rap “pra fazer a diferença”.
fonte: www.periodicos.ufgd.edu.br