Concurso de Poesias “Professor Roberto Tonellotti”
2 de fevereiro de 2015Concurso de Poesias “Professor Aparecido Roberto Tonellotti” celebra os
Oito Séculos da Língua Portuguesa.
Oito Séculos da Língua Portuguesa.
“Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
“Minha pátria é minha língua”
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
(…)”
(…)”
(Língua, Caetano Veloso)
Em meio a tantas possíveis festividades à cerca do tema, o V Concurso de Poesias “Professor Aparecido Roberto Tonellotti”, em sintonia com os objetivos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, neste ano de 2015 celebra os Oito Séculos da Língua Portuguesa. Esta, que é a língua oficial de oito países inseridos em múltiplas matrizes geopolíticas e culturais e que, curiosamente, surgiu da mesma língua que originou a maioria dos idiomas europeus e asiáticos.
A história mostra que o Latim era a língua oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas: o latim clássico, que era empregado pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores, etc.), e o latim vulgar, que era a língua utilizada pelas pessoas do povo. O português originou-se do latim vulgar, que foi introduzido na península Ibérica pelos conquistadores romanos. Damos o nome de neolatinas às línguas modernas que provêm do latim vulgar. No caso da Península Ibérica, podemos citar o catalão, o castelhano e o galego-português, do qual resultou a língua portuguesa.
Em se falando de Poesia, desde então, muitos nomes se expressaram e tornaram-se mundialmente conhecidos através da “ultima flor do Lácio”, no dizer de Olavo Bilac; e, dentre eles podemos citar, das terras lusitanas, Luiz Vaz de Camões, Gil Vicente, Fernando Pessoa, Florbela Espanca e José Saramago; Conceição Lima (São Tomé e Príncipe); Luis Cardoso de Noronha (Timor-Leste); Rui de Noronha (Moçambique); Amílcar Cabral (Guiné-Bissau); Germano Almeida (Cabo Verde); Viriato da Cruz (Angola); além de Adélia Prado, Carlos Drumond de Andrade, Clarice Lispector, Dias Gomes, Euclides da Cunha, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos, Gonçalves Dias, João Guimarães Rosa, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Lima Barreto, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Manuel Bandeira, Manuel de Barros, Mário Quintana, Otto Lara Resende, Oswald de Andrade, Paulo Leminski, Paulo Mendes Campos, Raquel de Queiroz, Sousândrade, Thales de Andrade, Vinícius de Moraes e Zelia Gattai (Brasil) dentre uma quase infinidade de tantos outros nomes de poetas que já se foram, estão e estarão levando mundo a fora a beleza da vida em nossa língua materna, “a mais sonora do mundo”, nas palavras do autor espanhol Miguel de Cervantes.
Mas não é somente para reverenciar tais nomes, mas também, e principalmente, descobrir, festejar e incentivar novos talentos da poesia brasileira que o Vº Concurso de Poesias “Professor Aparecido Roberto Tonellotti” está aí, com suas inscrições abertas no período de 18 de fevereiro a 17 de abril de 2015. Regulamento do Concurso pode ser encontrado AQUI. Inscreva-se já!