Beijo danado

Beijo danado

2 de dezembro de 2011 0 Por CONPOEMA



A noite tava uma belezura

Dessas que parece que a Terra

Vai se arrochá na Lua

Tonha, minha vizinha

Tinha ido me avisá

Que mamãe, lá na casinha

Me esperava pra jantá

Fumo indo pela estradinha

Inté a curva da biquinha

Eu, com a lenha no cangote

Ela, cuma frô no decote

Daí nois se calemo…

Daí nois se oiemo…

E eu me atraquei na sua anca

Sem temê o que vinha!

Foi um beijo tão danado

Que inté hoje

Num sei se a língua que trago

É a dela ou é a minha