Então é assim, né!
23 de julho de 2012Por Nilton Celso Mourão
É com muito desprazer que sento enfrente ao noteboock para escrever esta nota. Queria estar escrevendo sobre outro tema mas, infelizmente, a revolta toma conta do meu espírito e sendo assim, sinto a necessidade de expor os meus pensamentos.
Agora a pouco fui até o centro da cidade para pagar algumas contas no caixa eletrônico quando fui incomodado por vários candidatos ao legislativo e executivo de nossa cidade.
A minha privacidade, o meu direito de não ser incomodado por sons altos foram desrespeitados por propagandas políticas.
Evidente que os candidatos têm o direito de realizarem suas campanhas e, nisso, fazerem propagandas de suas propostas, porém, isso não lhes dá o direito de incomodarem outras pessoas.
É possível fazer propaganda usando os meios de comunicação, como a maioria da sociedade faz. Quem não quer ver ou ouvir, basta mudar de freqüência ou canal de televisão. Isso se for a TV aberta, pois para as de assinatura não é tolerável qualquer tipo de propaganda, mesmo que seja para baratear o custo. Se assim for, há a possibilidade cancelamento e etc.
Nos meios de comunicação impresso, basta o leitor virar ou até mesmo arrancar a página, caso não haja interesse nas informações dos candidatos.
Devido a essa situação, apresento uma proposta para os candidatos e partidos. Poderiam construir bancas em alguns espaços com os materiais de campanha e os eleitores interessados se dirigiriam a essas bancas ou postos e coletariam as informações desejáveis. Dessa forma, o candidato atinge diretamente o interessado e não agrediriam as outras pessoas. É assim que se faz as propagandas nos meios comerciais e produtivos da sociedade. As lojas, os mercados, os shoppings, as fábricas, as oficinas ficam em seus lugares e somente os interessados vão ao seu encontro. Já imaginou o caos e a poluição se todos se dessem o direito de invadir as ruas com carros de som, bandeiras e toneladas de papéis. Mas, infelizmente, somente essa classe de “politiqueiros” pensam diferente e acreditam que podem invadir e desrespeitar os ouvidos e os olhos de cada cidadão em praça pública.
Considero invasão e desrespeito porque, como cidadão, lá na rua não tenho o poder de inibir essa situação. Se muitos gostam, há outros que não gostam e, nesse sentido, deve haver respeito para ambos. Se houver espaço e tempo adequados, que cada um siga o seu caminho.
Logo iniciam os comícios que, atualmente, se tornou “showmício”. Está aí mais um absurdo, a utilização de espaços públicos em benefício de certos grupos. Para isso, os candidatos deveriam alugar estádios de futebol, salões, ginásios de esportes, chácaras, etc. como fazem outros setores da sociedade quando querem realizar grandes eventos. Somente os interessados estariam presentes e os outros seriam respeitados. Mas, infelizmente, somente os “politiqueiros” pensam diferentes…
Alguns já devem estar ficando incomodado com a palavra “politiqueiro”, principalmente os próprios! Porém, há a necessidade de diferenciar os políticos – que somos todos nós da espécie humana – desses “outros”. A política é uma atividade inerente a espécie humana desde os primórdios quando passamos a conviver em grupo.
Essas atividades de incomodar e a falta de respeito pelo outro, como dito inicialmente, não considero uma atividade política e, então de modo bem pejorativo, denomino-a de atividade “politiqueira” e, quem a pratica lhe chamo de “politiqueiro”.
Se o “politiqueiro” se sentir incomodado com os meus pensamentos aqui escritos, basta ele parar de ler o texto. Dessa forma eu o respeito, pois ele não está sendo obrigado a continuar a leitura. Ele pode e deve exercer o direito de decisão sobre o que é melhor para si. E, eu estou exercendo o meu direito de cidadão expondo a minha opinião somente àqueles que estiverem interessados.
Portanto, para finalizar, eu quero dizer a todos os “politiqueiros” que, lhes tenho a melhor resposta para toda essa situação. Será no dia da eleição. Nesse dia vocês, os “politiqueiros” que me incomodaram e que me desrespeitaram, acreditem no que lhes vou dizer:
– Então é assim, né! Na urna, vocês nunca terão o meu voto!
(E espero que de outras pessoas também não tenham o voto!!!)