Vem aí mais um festival de artes! Cinco anos de Oxandolá [In]Festa!
23 de abril de 2014vamos nós para a quinta edição de nossa comemoração de
aniversário. E pra variar, nem churrascada, muito menos bebedeira:
nós vamos mesmo de arte e cultura na quebrada!
[In]Festa, você sabe: é nossa comemoração de aniversário. Nossa
e do Teatro Girandolá, um de nossos companheiros nesses (já) cinco
anos de caminhada. A comemoração nasceu do ajuntamento
dessas duas iniciativas que decidiram comemorar juntas seu
aniversário que (coincidência ou não) nasceram em Junho; o Ôxe!
em 2009 e o Girandolá em 2007. É um modo de firmar mais o pé,
recarregar as energias e, principalmente, celebrar. É, celebrar! Pois há muito a celebrar, principalmente o fato de duas iniciativas
culturais de nossa região continuarem sobrevivendo, apesar de todas
as adversidades de nosso país e região. Celebrar também todo o
trabalho realizado ao longo do ano, os frutos que vemos aos pouco
brotarem e em especial tudo o que nos reserva o futuro. E que modo
melhor de comemorar isso do que com arte e cultura, misturadas com
protagonismo social, ativismo e cidadania, juntando tudo e
distribuindo para todos que quiserem?
que não tem jeito melhor. E isso a tal ponto que já é a própria
identidade do festival a conexão, a mistura e união que vem desde o
nome (Ôxe!+Girandolá=Oxandolá). E essa mistura tem dado um bom
caldo. Nesse ano, assim como nos dois anos anteriores, conseguimos
que nosso projeto fosse contemplado e apoiado com recursos do
Programa de Ação Cultural – ProAC – da Secretaria de Estado da
Cultura do Governo do Estado de São Paulo, além de conseguirmos
manter e ampliar outras parcerias importantes. Não só isso: ano a
ano as positivas experiências que os diferentes grupos que passaram
por cada edição, vão se acumulando; assim como o amadurecimento
dessa iniciativa e espaço simbólico (onde quase não há nada)
parece que vai se firmando em nossa região. Mais ideias, mais gente,
mais experiências, mais arte, mais cultura que atrai mais gente,
gera mais ideias, experiências, arte, cultura e muito mais, num
círculo virtuoso. Desse modo, dividindo e juntando que a cada ano
vamos ampliando a ideia, aperfeiçoando fazeres e melhorando nosso
entendimento e ação de como modificar positivamente nossa realidade
cultural.
após ano, vamos trazendo pequenas novidades e mudanças que tem
colaborado para tornarmos, cada vez mais, nossa comemoração de
aniversário mais edificante, positiva e democrática. E esse ano em
especial nosso festival de artes integradas está repleto de
novidades. Pra começar, este ano, levaremos o festival para
Francisco Morato e Franco da Rocha, realizando as atividades
paralelamente nas duas cidades. Numa região como a nossa, em que
somente a imaginação e o bairrismo das pessoas nos separam
(especialmente as camadas mais desfavorecidas), vivemos realidades
muito parecidas, principalmente no que diz respeito às questões
culturais. Então, não faz sentido restringirmos nossa já
tradicional atuação na região a uma única cidade. Além do que
sendo moradores, cidadãos e fazedores de cultura dessas duas cidades
temos uma ligação afetiva com elas.
foi que, ao contrário de anos anteriores, neste decidimos ao invés
de convidar grupos e artistas a participarem do festival, abrirmos a
chance para que qualquer interessado pudesse se inscrever e se
candidatar a uma vaga. Para isso, primeiro ministramos duas oficinas
de elaboração de projetos, afim de dar uma base para as pessoas se
inscreverem. Na sequência lançamos editais para que as pessoas
pudessem se inscrever. Desse modo, acreditamos deixar mais
democrático o processo de seleção da programação e melhorar a
(re)distribuição dos recursos empregados na realização do
festival, assim como o apoio ao trabalho desses trabalhadores da
cultura. Em se tratando da utilização de verbas públicas, esta
questão nos parece muito importante.
menos importante, neste ano, aumentamos o leque de linguagens que o
festival atende, tendo uma presença mais forte das artes plásticas
(representada pelo grafite) e abrindo espaço para a dança que ao
lado da música, das oficinas de formação e do teatro irão compor
a programação. Com isso, além de aumentar a gama de público e
artistas atingidos pelo festival, aumentamos também o nível de
interação e de mistura das linguagens que quase em sua maioria
acontecerão em pares nos diferentes dias. Assim esperamos contribuir
para a aproximação das diferentes linguagens e artistas e provocar
a reflexão de que, apesar das diferenças de cada tipo de expressão,
somos todos parte de um mesmo fazer cultural de um mesmo modo de
entender a vida.
deixamos de lado o que alcançamos até agora, de modo que estarão
presentes também o democrático espaço do sarau e das apresentações
de rua, a gratuidade de todas as ações, o concurso de poesias, as
oficinas de formação, as atividades para as crianças de todas as
idades e principalmente nossa alegria em comemorar mais um ano. Vamos
assim, aos pouco, juntando mais e mais coisas e engrossando esse
caldo artístico-cultural, disponibilizando e replicando as
oportunidades e procurando seguir o sábio conselho que o poeta
Sérgio Vaz nos deu em uma edição anterior: “tem que estar ali,
dando sopa”! Mas não se engane (como não nos enganamos também):
isso é apenas o começo! Há ainda muito trabalho por fazer, muitas
coisas a mudar e, principalmente, muitas cabeças ainda a [In]Festar
com nossa festa.
entendimento equivocado do que seja tudo isso e do mimimi
acomodado de algumas pessoas em nossa região, que infelizmente
também já vai ficando tradicional e do qual vez ou outra somos
alvo, todas estas mudanças e processo já vão se mostrando muito
gratificantes e acertados. Avançamos, apesar de tudo. E, se por um
lado contribuímos para o avanço da questão cultural em nossa
região, muito mais recebemos em troca (pessoal e profissionalmente)
e, a cada edição, vai crescendo o festival e nós vamos crescendo
junto com ele também.
Oxandolá [In]Festa, essa provavelmente é a maior marca dessa edição
e daí vem a escolha do mote: (R)Existência. Em outro projeto do
Girandolá, junto às aldeias Guarani no Jaraguá, uma das grandes
lições aprendidas com eles foi que existir já é uma forma de
resistir. Incorporamos essa lição e assim temos resistido nesses
cinco anos: existindo, nos fortalecendo, crescendo e nos
desenvolvendo para fazer frente ao que o mundo venha a nos
apresentar. Mais que isso, trabalhamos para realizar e manter o
festival, mas ele também nos mantêm e alimenta, nos abastecendo
para mais um ano de luta, arte e cultura. E essa já vai se mostrando
a grande marca do Oxandolá [In]Festa 2014.
historicamente, a grande marca das comemorações do Oxandolá
[In]Festa é mesmo a gratidão. Gratidão por podermos fazer algo que
amamos, por nos permitir crescer como seres humanos todo dia e nosso
trabalho poder trazer coisas bacanas para as outras pessoas. Gratidão
por nos permitir tomar contato com dezenas de outras iniciativas e
grupos, diferentes trabalhos e muitas coisas em comum com os 170
artistas e grupos que se inscreveram de todo o estado, alguns de
nossa região, e até de fora dele aos quais somos absolutamente
agradecidos pelo interesse, pela iniciativa e resistência em suas
comunidades.
nossa maior gratidão a você que colabora, faz parte, ajuda,
contribui, prestigia, acompanha, fortalece, incentiva, vai, ouve,
assiste, aplaude, recita, pinta, atua, toca, participa, doa,
se-vira-nos-trinta, compartilha, curte, comenta, vota e se envolve
direta ou indiretamente com qualquer um dos projetos da Ôxe!
Produtora Comunitária, do Teatro Girandolá, Teatro em Carne &
Osso ou de nossa Associação Cultural ConPoeMa.. A todos vocês
nosso maior OBRIGADO! Vocês certamente são uma das partes mais
importantes disso tudo.
10 de maio (sáb) – Espaço Girandolá
16h – Espetáculo teatral para crianças “La Maga Sargantana”, com Cia Los Últimos de Teatro (Argentina)
19h – (De) bate-papo: Auto-gestão e não violência, com Moisés Matto (Espanha)
11 de maio (dom) – Secretaria de Cultura Francisco Morato (Espaço Ballet)
15h – Show com G.R.A.D.I e convidados e grafite com os artistas: Mosko, Brinho e Kareca, de Franco da Rocha; Arno e Léo Mendes, de São Paulo; Mut, de Embu das Artes; e Rafael Boneco
19h – Sarau ConPoeMa
De 12 a 16 de maio – Espaço Girandolá
Introdução ao Teatro da Escuta
Coordenado por Moisés Mato
De 12 a 16 de maio, das 8 às 12h
No Espaço Girandolá
Inscrições até 05 de maio
pelo telefone 4488-8524 ou pelo e-mail mariana@teatrogirandola.com.br
Número de vagas: 10
16 de maio (sex) – Centro Cultural Newton Gomes de Sá
20h – Encontro de dança, com os grupos: Fatos, Rumos Cia de Dança, Cia de Dança Franco da Rocha, Cia da Vila e Denis Fumagali, Adriana Fumagali e Thaissa Santos
17 de maio (sáb) – no Espaço Girandolá
14h – Oficina de musicalização, ministrada pelo brincante, músico, cantor, e diretor musical do espetáculo, Meyson, a fim de compartilhar a pesquisa e construção musical d’O Incrível Homem Pelo Avesso.
80 lugares / 150 minutos / 12 anos
22 de maio (qui) – Hospital Psiquiátrico do Juqueri
10h – Escambos pisco-poéticos com Teatro Girandolá (apresentando cenas de seu novo espetáculo) e convidados que falarão da formação da cidade de Franco da Rocha e do Hospital Psiquiátrico do Juqueri.
23 de maio (sex) – Hospital Psiquiátrico do Juqueri
9h30 – Apresentação Virado no Siri
24 de maio (sáb) – no Boulevard Giuliano Cechetinni
20h – Teatro de Caixeiros, com a intervenção “Viajantes”
21h30 – Banda Tupi (banda)
20h – Pombas Urbanas, com o espetáculo teatral de rua “Histórias para serem contadas”, seguido de bate-papo
21h30 – Amarelo Marinho (banda)
31 de maio (sáb) – CIC (Francisco Morato)
18h – Infinita Companhia, com o espetáculo “Dia los muertos”
20h – Charlis Abraão (voz e violão)
1 de junho (dom) – no Boulevard Giuliano Cechetinni
19h – Sinos Cia de Teatro e Coletivo Shakespeare Livre, com o espetáculo teatral “A incrível história do Rei Lear”, seguido de bate-papo
20h30 – Yá Verás!
6 de junho (sex) – Espaço Girandolá (Francisco Morato)
19h – Pauta Aberta do Informativo Ôxe!
7 de junho (sáb) – Centro Cultural Newton Gomes de Sá
15h – GRADI e grafitagem
19h – Sarau ConPoeMa, com premiação do 4º concurso de poesias “Professor Aparecido Roberto Tonellotti”
8 de junho (dom) – Centro Cultural Newton Gomes de Sá
15h – Cia Lona de Retalhos, com o espetáculo teatral para crianças “Esperando Gordô” (Santo André) – Centro Cultural Newton Gomes de Sá
Em frente ao CIC Francisco Morato
15h – Exposição fotográfica sobre a trajetória da Trupe Olho da Rua
17h – Vivência em teatro de rua com a Trupe Olho da Rua (Santos)
19h – Apresentação Trupe Olho da Rua, com o espetáculo teatral de rua “Arrumadinho”
O Festival conta com o apoio do ProAC Festivais, da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, e das Secretarias de Cultura das cidades de Franco da Rocha e Francisco Morato.
A Realização do evento é do Teatro Girandolá, da Ôxe! Produtora Comunitária e da Associação Cultural ConPoeMa.
principalmente, traga sua presença, sua alegria e venha junto
comemorar com a gente, ajudando a [In]festar mais alegria, arte e
cultura em nossa região que precisa e merece (R)Existir. Nos vemos
lá!