¨DEU¨ BURRO

Caburé um bonachão
Caburé,o apelido que lhe deram!
Caburé não gostava não
repelia as chacotas que dilaceram;

Ele era pacato era bom
mas dizia ter ¨café-no-bule¨
aquele que saísse do tom
ele,melindroso,julgava bullying;

O Embaré era o rei da sinuca
crescemos juntos ele muito calado,
quando alguém estava na ¨sinuca¨
ele ajudava sem exigir nada;

Embaré diferente do Caburé
Embaré,o apelido que lhe deram!…
Embaré oculto em Embaré…
seu nome verdadeiro era mistério;

Numa lotérica ambos se conheceram
para conferir os resultados
numa aposta investiram dinheiro
mas o rumo de ambos desencontrados;

Apostas fizeram na federal
um ponto de encontro combinaram,
no Sinucas-bar seria ideal
se a riqueza sorrisse no que apostaram;

O bilhete,em dois,dividiram
após o sorteio iam conferir,
à destinos ignorados partiram
após à apertos de mãos a se despedirem;

Jogando sinuca Embaré ganhava dinheiro
da nova amizade nem Caburé se lembrava,
se esqueceram também o dia do sorteio
o Sinucas-bar aberto diariamente ficava;

Quando o sorteio aconteceu
Embaré deu,na mesa,um murro,
no bolso,um pedaço de papel,percebeu
e exclamou:-¨puxa,sou burro¨!…

O Zequinha me disse comovido,
que Embaré,o Caburé,não encontrou…
impossível o resgate dum bilhete dividido…
o 1º prêmio deu o burro que ambos apostou…