Banda Vanguart em Franco
1 de junho de 2014A Vanguart é uma banda de indie rock, que nasceu em 2002, em Cuiabá, no Mato Grosso. A banda já lançou três discos na sua caminhada e em Franco da Rocha, eles apresentarão o recente trabalho “Muito Mais Que o Amor”, um disco sensível, que mostra toda a força do amor, que vai contra toda a lógica do mundo, e duas pessoas que enxergam juntas a chance de construir o eterno, o impossível. Vanguart é composta por Hélio Flanders (voz/violão/trompete/gaita), Reginaldo Lincoln (voz, baixo, bandolim), Fernanda Kostchak (violino), Luiz Lazzarotto (teclado e piano), David Dafré (guitarra) e Douglas Godoy (bateria). A banda se apresentará em Franco, no dia 21 de junho às 20h, na Praça Caieiras, e a melhor parte é que a atividade é gratuita, a realização deste evento é do Circuito Cultural Paulista em parceria com a Prefeitura Municipal de Franco da Rocha. Não perca! Fique abaixo com mais detalhes poéticos sobre o novo álbum da banda, escrito por Vivian Whiteman:
“A primeira canção se chama “Estive”. O caminhante coça os olhos, arranca os curativos de hospital e parte em marcha nervosa: talvez ainda esteja um pouco cego ou bêbado, mas corta as ruas e os prédios da cidade enquanto se lembra do que passou. Depois da queda, algo de grandioso aconteceu.
O encontro. Ela, a tão esperada, a improvável, a desejada. Ela, o nome da casa, ela, o bang da luz. Ela chegou.
Ela é “Meu Sol”, aquele que o Vanguart tem seguido desde as terras quentes do Centro-Oeste. Como aquilo que nasce e se esconde todos os dias, assim é o amor da moça, ela que fecha e abre as portas, dona de todas as chaves.
E se o caminhante diz “Eu Sei Onde Você Está”, é porque ela se faz presente e brilha até na hora mais escura. Uma luz traduzida em melodias doces, ascendentes, com gosto de café da manhã.
Mas a felicidade é também delicada e difícil de carregar. Sobre os ombros há sempre luta, é sempre dia de construir.
“A Escalada das Montanhas de Mim Mesmo” é um dia de frio no Rio de Janeiro, onde o disco foi gravado. Um momento de dúvida, uma vontade de voltar à infância do sonho, de reencontrar o fantasma da perda: “fui o adeus, e foste o nunca mais…”, canta o caminhante, assombrado.
Mas a hora desse disco não é de gelo e de cama vazia, é de coragem e calor de corpos. Diante do espelho, ele repete “Pelo Amor do Amor”, antes de gritar pra ela: “vem me reconhecer, esse é nosso tempo”.
A moça talvez não acredite de cara, ela também tem suas lutas, mas ela há de abrir os braços depois de ouvir a dupla de recados-canção mais linda dos últimos tempos.
Um é sofrido, daqueles gritos com piano que só os românticos que choraram com Roberto, Lennon ou Morrissey serão capazes de entender. Chama-se assim: “Pra Onde Eu Devo Ir?” e fala sobre como continuar, de como não perder o chão depois do inevitável tropeço.
A voz do Vanguart, Hélio Flanders, renova a tradição dos grandes cantores para essa geração que quer, que precisa gritar, e faz moer o coração em água.
Se a banda e seu vocalista têm sido chamados de promessa, é nesse álbum que eles se revelam como presença musical forte e conquistadora: pop estradeiro, cortante, apaixonado e confessional no sentido mais elevado da palavra.
O disco termina com “Olha Pra Mim”, uma promessa de que o amor acompanhará a jornada, se houver coragem. “Ama o que te treme as mãos”, diz ele, olhando pra ela. É um voto de compromisso, desejo de que o encontro se renove dia após dia, queda após queda_ de sol a sol, uma nova canção.
Se o amor é a maior de todas as coisas, como disse certa vez um homem sábio, “Muito Mais Que o Amor” é música de amar.
Até o fim.”
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