Leonardo da Vinci (1452-1519), o maior expoente do Renascimento italiano e um dos maiores e mais completos artistas da humanidade, concebeu, entre 1503 e 1506, a obra mais enigmática da história da arte: Mona Lisa, também chamada “A Gioconda”.
A começar pelo quase sorriso nos cantos da boca, que não se pode dizer que ela está de fato sorrindo. Dizem que quem está triste a vê igualmente triste, o mesmo acontece quando se está de bom humor. Bem,
já tive essa impressão e só impressão.
Outra questão muito discutida pelos historiadores é a identidade da modelo retratada. Uns dizem ser de uma mulher, esposa de um rico comerciante local, outros dizem se tratar de um auto-retrato do próprio Leonardo; há ainda quem diga que a pintura tem mensagens subliminares por trás de suas camadas de tinta; e por aí vai entre outras controvérsias sem comprovações científicas confiáveis, em torno da obra mais conhecida do mundo. Por isso mesmo foi e ainda é inesgotavelmente revisitada, reproduzida e estilizada por diversos artistas mundo a fora.
Separei algumas releituras que valem a pena conhecer, mas antes a original aqui embaixo.
Mona Lisa – com a moldura em que é exposta no Museu
do Louvre em Paris
Em 1919, o dadaísta Marcel Duchamp, que no início do século XX, trouxe ao mundo das artes duas questões que mudaria para sempre a forma como entendemos e concebemos arte: “o que faz com que consideremos um objeto arte? Qual a importância do gesto do artista na obra de arte?“; pintou sobre uma reprodução barata da Mona Lisa, um bigodinho e um cavanhaque, e a inscrição L.H.O.O.Q. – que lida em francês, assemelha-se a Elle a chaud au cul, algo como Ela tem fogo no rabo, em português. Um “Ready Made” irônico que brinca e questiona as controvérsias sobre a obra de Da Vinci.
Leia mais sobre a influência de Marcel Duchamp na Arte Contemporânea:
Provavelmente inspirado por Duchamp, Salvador Dali fez seu auto-retrato como Mona Lisa em 1954. Ele utilizou elementos fotográficos de Philippe Halsman a partir de um catálogo de uma exposição no Museu de Arte da Filadélfia, EUA.
Salvador Dali
Auto-retrato como Mona Lisa. 1954.
Fernando Botero (1932 – ), pintor e escultor colombiano retratou a Gioconda (1963) com seu estilo marcante de figuras voluptuosas, o que seria, segundo alguns especialistas, uma crítica a estaticidade da humanidade.
E as releituras não param por aí, veja abaixo mais algumas:
Roy Lichtenstein
Andy Warhol
Matt Groening
E como se não bastasse apenas fazer releituras plásticas da obra, outros artistas também caíram na graça da Mona, como foi o caso dos músicos Elton John, Willie Nelson, Jorge Versilo, Entre outros. Mas como este post já está ficando extenso demais, fiquemos com a versão de Nat King Cole de 1950, “Mona Lisa”. Uma balada em homenagem ao quadro que lhe rendeu uma estatueta do Oscar de melhor canção naque ano, alem de ter sido o single mais vendido por 8 semenas seguidas a época.