Áporo, por Drummond e Portinari

29 de maio de 2013 0 Por Gilberto Araujo

Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.
Carlos Drummond de Andrade
In A Rosa do Povo e
Candido Portinari
Coluna Prestes, 1950, 45x55cm

Leia mais Drummond no Memória viva e no site dedicado ao autor www.carlosdrummonddeandrade.com.br