Prelúdio por Natalia Siufi

2 de outubro de 2014 0 Por Meire Ramos

Brasil… quem dá mais?
Despejos, amigos presos, amigos espancados, amigos mortos.
No centro, uma desapropriação em primeira instância instaura

Guerra civil e barbárie, e só o que escuto é que a polícia cumpriu sua função.

Que função? Pra quem essa polícia?
Pra defender as propriedades privadas?
Nenhuma delas foi conquistada com dinheiro honesto e a maior parte não está em dia 
Com seus tributos e impostos. É roubo!
Luana Barbosa tinha 25 anos! Assassinada à bala pela polícia.
Acidente, fatalidade, eles dizem! e ninguém é punido.
Samuel da Rocha tinha 23 anos! Assassinado à facadas por homofóbicos.
Acidente, fatalidade, eles dizem! E ninguém é punido.
Na rua, numa blitz.. num banheiro público de um terminal.
Não estamos seguros, e sinto dizer, não é por falta de polícia!
Enquanto isso, o Brasil vai à leilão nas propostas-candidaturas…
Tapando a dedo gigantescas rachaduras, podres estruturas.
Não muda não, meu irmão.. Não muda!
Vota na luta diária, na resistência, na militância, na revolução.
Vota no dizer não cada dia, no se ajuntar, se ajuntar, se ajuntar!
“NÓIS”, dizendo não, braços cruzados às máquinas desse sistema

Não existe nenhum teorema, nenhuma fórmula de báskara.
Vestindo a máscara dialética do vinagre-maizena
Dizendo não a esse esquema, armado-vigiado-tomado
Capitania-hereditária veneno metralhadora mansão palácio
Chega! Não é no voto sua revolta
Quantos mais vão morrer? Quantos?
Impotência esmagada de sangue pisado
E sei que tem muita gente desse lado!