JUQUERY em um conto de contas – o caso das pombas
16 de julho de 2011Outro dia, quando o Juquery era maior que a cidade, Pitágoras e Platão caminharam até Francisco Morato.
Na praça descansavam os dois senhores que contemplavam as aves pousadas no gramado quando dois seguranças se aproximaram e um deles falou:
– Que estão fazendo aqui?
As aves assustaram-se e alçaram voo ao céu.
– Não está vendo seu guarda intolerante que contávamos as pombas voantes! Respondeu Pitágoras.
E o povo, que ali passava, riu bastante.
– O engraçadinho quer ser espertinho, não é? Então, digam-me quantas pombas havia no bando, ou vão dormir no “xadrez”! Disse o guarda enfurecido.
– Seu guarda, eu somei três vezes a quantidade de pombas e, um terço da metade desse resultado juntado à soma e mais aquelas duas pombas pousadas no alto daquele poste e que não pertencem ao bando será, dessa forma, igual a cem pombas. Qual é a quantidade de pombas que nós vimos senhor? Falou Platão.
– Ah, então é assim! Enquanto eu calculo, vocês vão para o “xilindró” contemplar o Sol nascer quadrado!
– Por falar em quadrado, senhor, o resultado não é um quadrado perfeito! Comentou Pitágoras.
– Se é para dar dicas, eu digo que o resultado é um número par! Falou Platão em tom de filosofia.
E, os dois foram conduzidos a cadeia por vadiagem e desacato a autoridade, visto que os representantes da ordem local foram alvos de riso em praça pública. Naquele tempo era assim e, foram uns vinte anos dessa forma!
No dia seguinte Pitágoras e Platão foram deportados a uma das colônias do Juquery… Enquanto que no céu azul ensolarado e sem nuvens, vinte e oito pombas voavam em liberdade!
Ah! O outro guarda calculou e encontrou uma resposta, mas não contou ao seu colega.
Tentei dar uma passadinha por aqui, mas não pude me contentar à apenas alguns minutos, acabei ficando e contemplando e me envolvendo com o blog. Parabéns pelo trabalho, sou admiradora do Oxê e das pessoas que se dedicam à ele.
Além de pedagogo, matemático e filósofo ele é também humorista. Tenho imensa admiração por você Nilton. Me sinto honrado por, no passado, tê-lo como professor e hoje tê-lo como amigo.
Um grande Abraço!
George.