Aos Excelentíssimos Senhores
22 de julho de 2011
A vossa excelência
Que instigais a alienação do povo
Que vendeis vossa alma por alguns tostões
Que estuprais aquela angelical ninfeta, chamada: Ética
Desejo do fundo mais profundo do meu fundo
Que vós ide para o raio que vos parta
Junto com vossos obséquios, decoros, ganâncias, hipocrisia,
nepotismo, subornos, demagogia, blá-blá-blá, e etcétera e tal
Quando vossa excelência
Estiverdes mastigando vossos filés
Com vossos dentes brancos, porém, implantados
E reclamando o excesso de tempero
Lembrais daqueles que olham para os seus bacuris
E tem a triste missão de comunicar
Que naquele dia não haverá jantar
Quando vossa excelência
Estiverdes usufruindo da verba pública
Indo passear de jatinho com alguma prostituta
Lembrais que em alguns lugares da cidade
Crianças dão o cú por uma pedrinha de craque
E fumam, para matar a fome
Quando vossa excelência
Estiverdes fodendo, por obrigação, a buceta da senhora vossa esposa
E desejando aquela lisinha e molhadinha que deixastes no gabinete
Lembrais que neste instante algum número de pessoas
Almejam uma simples noite de sono
Em baixo dum teto e em cima duma cama
Quando vossa excelência
Estiverdes esporrando na cara da senhora vossa esposa
Em algum motel de luxo estrangeiro
Lembrais que cá em baixo
Esses pobres brasileiros vos elegeram
George meu caro… somente uma expressão me vem à boca:
DO CARALHO!!!
Pois, às vez, um palavrão é mais expressivo. Quem dá com o martelo nos dedos e diz: “Que infortúnio!”?