Novo espetáculo do Teatro Girandolá – “Juquery: memórias de quase vidas”
15 de outubro de 2014A história do Complexo Hospitalar do Juqueri e da formação da região onde foi construído, foi o mote do processo de construção do mais novo espetáculo do Teatro Girandolá, iniciado no final de 2012 e que estreia no próximo dia 31 de outubro.
Com o desejo de voltar o olhar para a própria história e de entender de onde vieram, onde estão, como estão e porque estão, é que o grupo decidiu mergulhar nesta pesquisa.
Depois de quase 2 anos de gestação, o Teatro Girandolá está às vésperas de estrear o espetáculo “Juquery: memórias de quase vidas”, que levará ao público personagens e histórias esquecidas atrás dos muros desse espaço emblemático, que há mais de 100 anos separa a loucura considerada doentia, da loucura cotidiana e aceitável pela sociedade, assim, também aparecem no espetáculo, em contraponto, outras cenas que estão todos os dias diante dos nossos olhos, e que talvez acostumados à elas, já nos passam despercebidas.
As histórias contadas foram inspiradas pelo convívio com os internos remanescentes, em visitas, oficinas, e saraus propostos pelo grupo, leituras de prontuários, bem como das conversas com funcionários do local, além de muitas pesquisas teóricas. As personagens criadas, se misturam às histórias verdadeiras, mas passeiam pela fantasia e imaginário dos atores criadores, após as intensas experiências que viveram nesses últimos tempos.
“Juquery: memórias de quase vidas” vai circular pelas 4 cidades que um dia foram uma única, a cidade de Juquery. A produção e a temporada de estreia desse espetáculo está sendo financiada pelo ProAC 2013, Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, tem realização da Associação Cultural ConPoeMa, co-realização da Prefeitura de Franco da Rocha e conta com o apoio das Prefeituras de Caieiras e Mairiporã, do Complexo Hospitalar do Juqueri e da Cooperativa Paulista de Teatro. Em Franco da Rocha, as apresentações comporão a programação de aniversário da cidade, que comemora 70 anos no dia 30 de novembro.
O espetáculo é recomendado para maiores de 16 anos, será apresentado gratuitamente e atenderá a 40 espectadores por sessão. Os ingressos serão distribuídos com 1 hora de antecedência, nos locais das apresentações.
Acompanhe a agenda do espetáculo e programe-se:
31/10 às 20h – Casa de Cultura (Franco da Rocha)
01/11 às 20h – Casa de Cultura (Franco da Rocha)
08/11 às 20h – Casa de Cultura (Franco da Rocha)
09/11 às 20h – Casa de Cultura (Franco da Rocha)
14/11 às 20h – Espaço Girandolá (Francisco Morato)
15/11 às 20h – Casa de Cultura (Franco da Rocha)
16/11 às 20h – Casa de Cultura (Franco da Rocha)
21/11 às 20h – Espaço da Cultura (Mairiporã)
22/11 às 20h – Casa de Cultura (Franco da Rocha)
23/11 às 20h – Casa de Cultura (Franco da Rocha)
29/11 às 20h – NEC Centro (Caieiras)
Endereços:
Casa de Cultura – Boulevard Giuliano Cechettinni, s/n°, Centro, Franco da Rocha, SP
Espaço Girandolá – Av. São Paulo, 965, Vila Suíça, Francisco Morato, SP
Espaço da Cultura – Rua 15 de novembro, 171, Centro, Mairiporã, SP
NEC Centro – Rua João Martins Ramos, 10, Jardim São Francisco, Caieiras, SP
Outras informações: 4488-8524 ou www.teatrogirandola.com.br
Valeu, Paulo, apareça nas apresentações do Girandolá, essa troca de histórias sobre o Juquery serão valiosas. No final do espetáculo, o grupo sempre faz uma roda de conversa, para troca entre o grupo e a plateia.
Se programe e compareça em uma das datas acima.
Um forte abraço!
Ainda não conheço voces mas irei ver uma apresentação sem a menor dúvida. Nunca tive tempo, apesar inclusive de ter filmado no hospital de fazer uma pesquisa no que restou do incendio. Então até poderão me contar coisas. Existe uma história que ficou famosa na minha familia e que nunca pude comprovar – sobretudo o desfecho – com o meu avô. No inicio do curso da Faculdade de Medicina aqui em SP, todos os alunos faziam estágios em todas as áreas, inclusive ai no hospital. Essa história sempre circulou na familia e conto ela pra vcs…. um paciente disse ao meu avô, doutor eu quero alta. Ao que meu avô respondeu : e porque devo eu lhe dar alta? A resposta veio na hora….. "porque o grosso do exército tá la fora" Apesar disto ter ocorrido em 1919/20 e ter ficado como mote na familia, nunca soubemos talvez o mais importante se ele deu alta ou não! Mas a resposta lúcida do "doente" já no inicio do século XX sempre me tocou pessoalmente. abs