Roda de conversa sobre sexualidade no CIC!!!

15 de janeiro de 2015 0 Por CONPOEMA
Você sabia que o Brasil é o país onde mais ocorrem assassinatos de travestis e transexuais? Sabia também que a expectativa de vida dos travestis e transexuais é de apenas 30 anos de vida? E que 90% das mulheres transexuais e travestis se prostituem? Se você não sabia dessas informações, está entre a maioria dos brasileiros, porque esses dados parecem não chocar ninguém. Clique aqui e confira o primeiro dado e aqui para verificar os demais. Está mais do que na hora de começarmos a nos preocupar com nossos conterrâneos, que a cada ano que passa continuam lutando por seus direitos nesse Brasil transfóbico. 

Precisamos lutar pelos direitos de todos, seja gay, lésbica, bissexual, transexual, heterossexual ou transgênero. É nosso dever como cidadão não deixar que nossa raiz moralista e preconceituosa sobreviva, mas infelizmente parece que está na nossa raiz só lutar por aquilo que nos interessa e a necessidade do outro nunca é prioridade. E por falar em raiz, o termo Transexual surgiu do uso profissional e leigo, na década de 50 para designar uma pessoa que aspirasse realmente viver no “gender role” anatomicamente contrário, independente do uso de hormônios e de mudanças cirúrgicas. Durante as décadas de 60 e 70, os clínicos começaram a usar o termo “Verdadeiro Transexual” para designar aqueles que comprovadamente viveriam melhor após um curso terapêutico que culminaria com a cirurgia genital. Finalmente o termo “síndrome de disforia de gênero” foi adotado para designar a presença de um distúrbio de gênero, um não reconhecimento do corpo que geralmente acontece na infância, mas que merece atenção, e caso seja comprovado o verdadeiro desejo da criança em mudar de sexo, essa mudança tem que ser acompanhada pela família e por especialistas.

Numa tentativa de esclarecer e auxiliar aos brasileiros sobre os direitos da população travesti e transexual, desde 2004, no dia 29 de janeiro, celebra-se o Dia Nacional da Visibilidade Travesti e Trans, data para discussões, conversas e lutas, uma tentativa de oferecer a essas pessoas uma vida digna como a de qualquer cidadão. Até hoje, nenhum projeto de lei que apóia a causa Trans foi aprovado, pode isso? Não pode!

E para começarmos a mudança pela nossa cidade e contribuir para mudar essa cruel realidade, o CIC de Francisco Morato realizará a palestra: “Roda de conversa: gênero e sexualidade (as identidades trans/ travestis)”, que acontecerá no dia 30 de janeiro, às 18h. Nesse dia haverá discussões com temas e convidados especiais. Abaixo a programação do evento:

Convidados:
Virginia Guitzel – Militante do grupo de mulheres Pão e Rosas
Caio Fucidji Ishida – Militante do Coletivo Juntos!
Bruno Pereira Bueno – Psicólogo que investiga as determinações que advém dos papéis de gênero.

Temas:
Afinal, o que é Diversidade Sexual? – Virgínia/ Caio
Os papéis de gênero no âmbito da psicologia – Bruno
A busca por direitos – as legislações – Um representante da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual, ainda não confirmado.

No bate-papo, as falas serão de no máximo 20 minutos, totalizando 1h20 e o debate terá 40 minutos de duração. Compareça e contribua com essa causa!!!